Não se sabe exatamente quem inventou
o microscópio porém sabe-se muito bem que depois dessa invenção, lá pelo início
do século XVII, nossa percepção do mundo ficou muito diferente. Muitos atribuem
a invenção deste instrumento a Galileu, porém foi Leeuwenhoek quem realmente
aperfeiçoou o instrumento e o utilizou na observação de seres vivos. Dotados de
apenas uma lente de vidro, os primeiros microscópios permitiam aumentos de até
300 vezes com razoável nitidez. E todo um mundo que se encontrava invisível aos
nossos olhos, se descortinou.
Com este instrumento muito simples,
Leeuwenhoek estudou os glóbulos vermelhos do sangue e constatou a existência
dos espermatozóides. Este cientista também desvendou o extraordinário mundo dos
micróbios (ou seja, seres microscópicos), hoje mais conhecidos como
microrganismos.
O microscópio simples de
Leeuwenhoek, foi aprimorado por Hooke, ganhando mais uma lente. Deste modo,
foram obtidos aumentos ainda maiores.
Os microscópios óticos modernos são
descendentes sofisticados do microscópio composto de Hooke e muito mais
poderosos do que os pequenos instrumentos usados pelos cientistas no início do
século XVII. Eles são dotados de 2 sistemas de lentes de cristal (oculares e
objetivas) que produzem ampliações de imagem que vão em geral de 100 a 1000
vezes, deste modo revelando detalhes, até então invisíveis para nossa visão.
No microscópio ótico, a luz que
chega aos nossos olhos para formar a imagem, atravessa primeiro o objeto em
estudo. Por isto, o material a ser observado não pode ser opaco. Muitas vezes,
para se obter material biológico translúcido o suficiente para ser bem
observado ao microscópio, é preciso preparar convenientemente o material que
quer estudar. Para isto são feitos cortes muitos finos, de preferência com uma
máquina semelhante a um fatiador de presunto, chamada micrótomo. O material a
ser cortado recebe um tratamento de desidratação e inclusão em parafina que
facilita o manuseio e permite que sejam cortadas fatias muito finas.
O microscópio eletrônico apareceu em
1932 e vem sendo rapidamente aperfeiçoado. As máquinas mais atuais permitem
aumentos de 5 mil a 500 mil vezes, sem muita dificuldade. A diferença básica
entre os microscópios ótico e eletrônico é que neste último não é utilizada a
luz, mas sim feixes de elétrons. No microscópio eletrônico não há lentes de
cristal e sim bobinas, chamadas de lentes eletromagnéticas. Estas lentes
ampliam a imagem gerada pela passagem do feixe de elétrons no material e a
projetam para uma tela onde é formada uma imagem de pontos mais ou menos brilhantes,
semelhante à de um televisor em branco e preto.
Não é possível observar material
vivo neste tipo de microscópio. O material a ser estudado passa por um complexo
processo de desidratação, fixação e inclusão em resinas especiais, muito duras,
que permitem cortes ultrafinos obtidos através das navalhas de vidro do
instrumento conhecido como ultramicrótomo.
Fonte: www.cnpab.embrapa.br
MICROSCÓPIO
ÓPTICO
O Microscópio óptico é um
instrumento usado para ampliar, com uma série de lentes, estruturas pequenas
impossíveis de visualizar a olho nu.
É constituído por um componente
mecânico que suporta e permite controlar um componente óptico que amplia as
imagens.
Microscópio óptico.
Porção
mecânica
A porção mecânica é composta por:
Pé ou base – serve de apoio dos
restantes componentes do microscópio.
Coluna ou braço – fixo à base, serve
de suporte a outros elementos.
Platina – onde se fixa a reparação a
observar; tem uma janela por onde passam os raios luminosos e também parafusos dentados
que permitem deslocar a preparação.
Tubo ou canhão – suporta a ocular na
extremidade superior.
Revólver – peça giratória portadora
de objectivas de diferentes ampliações.
Parafuso macrométrico – a sua
rotação é responsável por movimentos verticais da platina, rápidos e de grande
amplitude.
Parafuso micrométrico – a sua
rotação é responsável por movimentos verticais da platina, lentos e de pequena
amplitude, permitem aperfeiçoar a focagem.
Porção
óptica
Na parte óptica temos:
Condensador – conjunto de duas ou
mais lentes convergentes que orientam e espalham regularmente a luz emitida
pela fonte luminosa sobre o campo de visão do microscópio.
Diafragma – é constituído por palhetas
que podem ser aproximadas ou afastadas do centro através de uma alavanca ou
parafuso, permitindo regular a intensidade da luz que incide no campo de visão
do microscópio.
Objectivas – permitem ampliar a
imagem do objecto 10x, 40x, 50x, 90x ou 100x.
As objectivas de 10x, 40x e 50x são
designadas objectivas secas pois entre a preparação e a objectiva existe
somente ar.
As objectivas de 90x e 100x são
designadas objectivas de imersão, uma vez que, para as utilizar, é necessário
colocar uma gota de óleo de imersão entre elas e a preparação, a qual, por ter
um índice de refracção semelhante ao do vidro, evita o desvio do feixe luminoso
para fora da objectiva.
Oculares – sistema de lentes que
permite ampliarem a imagem real fornecida pela objectiva, formando uma imagem
virtual que se situa a aproximadamente 25 cm dos olhos do observador. As
oculares mais utilizadas são as de ampliação 10x, mas nos microscópios
binoculares também existem oculares de 12,5, 8x e 6x.
Fonte luminosa – a mais utilizada
actualmente é a luz artificial, fornecida por uma lâmpada de tungsténio ou de
halogéneo, incluída no aparelho juntamente com um interruptor com reóstato, que
permite regular a intensidade da luz emitida......
Operação
A intensidade luminosa é regulavel:
aumenta-se a intensidade luminosa sobindo-se o condensador e abre-se o
diafragma ou diminui-se a intensidade luminosa descendo o condensador e
baixa-se o diafragma.
A ampliação consiste no grau de
aumento da imagem em relação ao objecto. A ampliação total obtida com o
microscópio óptico consiste no produto da ampliação da objectiva pela ampliação
da ocular. Esta, sem distorção, não ultrapassa as 1200x.
O factor mais significativo para a
obtenção de uma boa imagem é, contudo, o poder de resolução, que corresponde à
distância mínima que é necessário existir entre dois pontos para que possam ser
distinguidos ao microscópio. Para o microscópio óptico essa distância é de 0,2
µm devido ao comprimento de onda das radiações visíveis. Com efeito, a
propriedade da ampliação só tem interesse prático se for acompanhada de um
aumento do poder de resolução.
No que respeita a microscopia óptica
vulgar existem dois métodos fundamentais de observação, de acordo com o tipo de
preparação a observar:
Se a lâmina não está corada (exame a
fresco): a observação é feita com objectivas secas, do seguinte modo:
Desce-se o condensador e sobe-se o
diafragma para que a iluminação não seja muito intensa, já que as lâminas não
estão coradas.
Com a objectiva de 10x escolhe-se o
pormenor a observar.
Seguidamente foca-se com a objectiva
de 40x, fazendo uma primeira aproximação da objectiva à lâmina por controlo
visual externo, e só depois a focagem por afastamento usando o parafuso
macrométrico e posteriormente o micrométrico para focagem final.
Se a lâmina está corada: a
observação é feita com objectivas de imersão, procedendo do seguinte modo.
Sobe-se o condensador, abre-se o
diafragma e regula-se a iluminação da fonte luminosa no máximo, de modo a
conseguir-se uma iluminação intensa, apropriada à observação de lâmina coradas.
Coloca-se na lâmina uma gota de óleo
de imersão e procede-se à focagem. Primeiro aproximando a objectiva à lâmina
com controlo visual externo, seguidamente a focagem propriamente dita com o
parafuso macrométrico e finalmente o aperfeiçoamento da focagem com o parafuso
micrométrico.
Alguns microorganismos estão no
limiar do poder de resolução do microscópio óptico. A sua observação pode ser
facilitada com o emprego de técnicas especiais de microscopia óptica.
Microscópio de 1751
Microscopia
de fundo escuro
É uma aplicação do princípio de
Tyndall. Assim os corpúsculos a examinar são fortemente iluminados por feixes
luminosos que penetram lateralmente, o que é conseguido com condensadores
especiais. Deste modo, a única luz que penetra na objectiva é a difractada
pelas partículas presentes na preparação, pelo que passam a ser visíveis em
fundo escuro.
Microscopia
de fluorescência
Permite observar microorganismos
capazes de fixar substâncias fluorescentes (fluorocromos). A luz UV, ao incidir
nessas partículas, provoca a emissão de luz visível e observa-se os
microorganismos a brilhar em fundo escuro. Como exemplo, o bacilo da
tuberculose fixa a auramina, pelo que o diagnóstico da doença pode ser feito
por microscopia de fluorescência.
Microscopia
de contraste de fase
Permite a observação de
microorganismos vivos, sem coloração, através do contraste devido à diferença
de fase dos raios luminosos que atravessam o fundo relativamente à fase da luz
que atravessa os microorganismos. Esta diferença de fase é conseguida por
utilização de uma objectiva de fase, que consiste num disco de vidro com um
escavação circular, de modo que a luz que atravessa a escavação tem diferença
de 1/4 de fase em relação à que travessa a outra porção do vidro. Assim, os
objectos não corados podem funcionar como verdadeiras redes de difracção, pois
os pormenores da sua estructura resultam de pequenas diferenças nos índices de
refracção dos componentes celulares, e estes originam diferenças de fase nas
radiações que os atravessam
As
recomendações gerais de comportamento, que devem ser seguidas por todos os
usuários de um laboratório de biologia são:
- Usar guarda-pó abotoado, sapatos fechados
e cabelos presos.
- Não pipetar produto algum com a boca.
Jamais;
- Não
usar produto algum que não esteja devidamente rotulado;
- Não
levar jamais as mãos à boca ou aos olhos quando estiver manuseando produtos
químicos;
- Verificar sempre a toxicidade e a
inflamabilidade dos produtos com os quais se esteja trabalhando;
- Discutir sempre com o professor ou
supervisor a experiência que será feita;
- Jamais trabalhar sozinho em um
laboratório;
- Jamais manipular produtos inflamáveis
perto de chamas ou fontes de calor;
- Procurar sempre discutir com o professor
ou supervisor o local correto de descarte dos produtos tóxicos, inflamáveis,
mau-cheirosos, lacrimogêneos, pouco biodegradáveis ou que reagem com a água;
- Jamais correr , comer ou beber em
laboratório.
- Produtos cáusticos ou que penetram
facilmente através da pele devem ser manuseados com luvas apropriadas. De
qualquer forma, lavar sempre as mãos após manipulação de qualquer produto
químico;
- Produtos voláteis e/ ou tóxicos devem
sempre ser manipulados na capela e em casos especiais, com máscaras de proteção
adequadas a cada caso;
- Ser cuidadoso e organizado com o material
usado nas experiências.
Indumentária Apropriada
1. Avental de mangas compridas,
longos até os joelhos, com fios de algodão na composição do tecido.
2. Calça comprida de tecido não inteiramente sintético.
3. Sapato fechado, de couro ou assemelhado.
4. Óculos de segurança.
5. Luvas
Indumentária Proibida
1. Bermuda ou short.
2. Sandália, Chinelo, Sapato aberto.
3. Uso de lente de contato.
4. Uso de braceletes, correntes ou outros adereços.
5. Avental de naylon ou 100% poliester.
Hábitos Individuais
Faça no Laboratório
1. Lave as mãos antes de iniciar seu trabalho.
2. Lave as mãos entre dois procedimentos.
3. Lave as mãos antes de sair do laboratório.
4. Certifique-se da localização do chuveiro de emergência, lava-olhos, e suas
operacionalizações.
5. Conheça a localização e os tipos de extintores de incêndio no laboratório.
6. Conheça a localização das saídas de emergências.
Não Faça no Laboratório
1. Sentar ou debruçar na bancada
2. Sentar no chão
Atitudes Individuais com Ácidos
1. Adicione sempre o ácido à
água; nunca faça o inverso.
Atitudes Individuais com Bicos de Gás
1. Feche completamente a válvula
de regulagem de altura de chama.
2. Abra o registro do bloqueador da linha de alimentação.
3. Providencie uma chama piloto e aproxime do bico de gás.
4. Abra lentamente a válvula de regulagem de altura de chama até que o bico de
gás ascenda.
5. Regule a chama.
Atitudes Individuais com Soluções
Observação: Cerca de 80% das
soluções químicas concentradas são nocivas aos organismos vivos, principalmente
se mistradas por via oral.
1. Não transporte soluções em
recipientes de boca largas, se tiver que efetuá-lo por certa distância, triplique
sua atenção durante o percurso e solicite um colega que o acompanhe.
2. Não leve a boca a qualquer
reagente químico, nem mesmo o mais diluído.
3. Certifique-se da concentração
e da data de preparação de uma solução antes de usá-la.
4. Não pipete, aspirando com a
boca, líquidos cáusticos, venenosos ou corantes, use pêra de segurança.
5. Não use o mesmo equipamento
volumétrico para medir simultâneamente soluções diferentes.
6. Volumes de soluções
padronizadas, tiradas dos recipientes de origem e não utilizadas, devem ser
descartados e não retornados ao recipiente de origem.
Descarte de Sólidos e Líquidos
1. Deverá ser efetuado em recipientes apropriados separando-se o descarte de
orgânicos de inorgânicos.
Cuidados com Aquecimento, incluído: Reação exotérmica, chama
direta, resistência elétrica e banho-maria.
1. Não aqueça bruscamente
qualquer substância.
2. Nunca dirija a abertura de
tubos de ensaio ou frascos para si ou para outrem durante o aquecimento.
3. Não deixe sem o aviso
"cuidado material aquecido", equipamento ou vidraria que tenha sido
removida de sua fonte de aquecimento, ainda quente e deixado repousar em lugar
que possa ser tocado inadvertidamente.
4. Não utilize "chama
exposta" em locais onde esteja ocorrendo manuseio de solventes voláteis, tais
como éteres, acetona, metanol, etanol, etc.
5. Não aqueça fora das capelas,
substâncias que gerem vapores ou fumos tóxicos.
Manuseio e Cuidados com Frasco de Reagentes
1. Leia cuidadosamente o rótulo
do frasco antes de utilizá-lo, habitue-se a lê-lo, mais uma vez, ao pegá-lo, e
novamente antes de usá-lo.
2. Ao utilizar uma substância
sólida ou líquida dos frascos de reagentes, pegue-o de modo que sua mão proteja
o rótulo e incline-o de modo que o fluxo escoe do lado oposto ao rótulo.
3. Muito cuidado com as tampas
dos frascos, não permita que ele seja contaminada ou contamine-se. Se
necessário use o auxílio de vidros de relógio, placas de Petri, etc. Para
evitar que isso aconteça.
4. Ao acondicionar um reagente,
certifique-se antes da compatibilidade com o frasco, por exemplo, substâncias
sensíveis à luz, não podem ser acondicionadas em embalagens translúcidas.
5. Não cheire diretamente
frascos de nenhum produto químico, aprenda esta técnica e passe a utilizá-la de
início, mesmo que o frasco contenha perfume.
6. Os cuidados com o descarte de
frascos vazios de reagentes não devem ser menores que os cuidados com o
descarte de soluções que eles dão origem.
Cuidados com Aparelhagem, Equipamentos e Vidrarias Laboratoriais
1. Antes de iniciar a montagem,
inspecione a aparelhagem, certifique-se de que ela esteja completa, intacta e
em condições de uso.
2. Não utilize material de vidro
trincado, quebrado, com arestas cortantes.
3. Não seque equipamentos
volumétricos utilizando estufas aquecidas ou ar comprimido.
4. Não utilizes tubos de vidro,
termômetros em rolha, sem antes lubrificá-los com vaselina e proteger as mãos
com luvas apropriadas ou toalha de pano.
A turma do 1º Ano "D" do Curso de Mecânica da EEEP Doutor José Iran
Costa- Várzea Alegre CE, realizou sua primeira aula de Campo . Os alunos divididos em grupos, fizeram observações do
ecossistema local e tiveram aula sobre níveis de organização dos seres
vivos e eutrofização da Lagoa.Veja as fotos:
Doença viral capaz de provocar grandes epidemias
e pandemias.
Gripe A
Informações sobre a gripe A: motivo recente de
preocupação em todo o mundo.
Gripe do Frango
doença contagiosa causada por várias
estirpes do vírus da influenza (gripe) tipo A, sendo a
H5N1 motivo de grande preocupação para a saúde humana.
Hepatite A
A hepatite A é uma doença infecciosa causada
pelo vírus HAV, que atinge o fígado
Hepatite B
Doença que pode ser transmitida sexualmente,
capaz de desenvolver um quadro crônico.
Hepatite C
A hepatopatia crônica de maior incidência no
mundo.
Hepatite D
Também conhecida como hepatite delta, a hepatite
D é uma doença viral, contagiosa, e precisa do vírus da hepatite
B para que ocorra a infecção
Herpes genital
Herpes genital, considerado o herpes tipo II, é
uma infecção que causa lesões em forma de
pequenas bolhas (vesículas) de tom avermelhado e
localizadas na região genital, nádegas e ânus.
Herpes-zóster
Quadro que se manifesta em pessoas que já
tiveram catapora e que estão com a imunidade fragilizada.
Mononucleose
Doença do beijo. A mononucleose é uma doença
transmitida pela ingestão de saliva contendo o vírus Epstein-Barr
ou, de forma mais rara, o citomegalovírus, ambos da família
Herpesviridae.
Poliomielite
A poliomielite é uma doença viral transmitida
principalmente através de gotículas de saliva emitidas por pessoas
contaminadas, ou através da ingestão de água e alimentos
contaminados por fezes contendo carga viral, propensa ao
desenvolvimento da doença.
Raiva
Zoonose viral cujo indivíduo afetado tem grandes
chances de ir a óbito, caso não faça o tratamento adequadamente.
Resfriado
O resfriado é uma infecção das vias aéreas
superiores, essa acomete o nariz e a garganta, manifesta-se com
coriza, mal-estar, comumente não há febre, ou febre pouco intensa.
Rubéola
A rubéola, patologia viral (Rubella vírus), é
uma doença infecto-contagiosa transmitida através do ar.
Sarampo
Doença viral altamente contagiosa, mas que pode
ser prevenida por meio da vacinação.
Síndrome respiratória aguda grave (Sars)
Problema respiratório viral que pode provocar a
morte do indivíduo, caso não seja tratado precocemente.
Varíola
Doença que afetou a humanidade por mais de 10000
anos, considerada erradicada desde 1970.
Verrugas virais
As verrugas virais são tumores benignos
provocados pelo vírus HPV (Pappilomavirus humano) do tipo 1, 2, 3 e
4. São formadas quando existe o contato com o vírus que penetra
no organismo e provoca a inoculação.
Organela da célula eucariótica que contém os ácidos nucléicos responsáveis pelo controle do metabolismo celular , informações genéicas e hereditariedade.
2. Quais os componentes do núcleo celular?
Carioteca, cromatina, nucléolos, cromossomos e nucleoplasma.
3. Conceitue os componentes do núcleo celular.
Carioteca : membrana lipoprotéica dupla que reveste a cromatina nas células eucarióticas. É portadora de numerosos poros que regula o trânsito de moléculas entre o citoplasma e o núcleo.
Cromatina : material visível no núcleo interfásico das células, constituídos pelos cromossomos.
Nucléolo: estrutura existente no núcleo das células eucarióticas , rica em RNA – r, matéria prima para a produção de ribossomos.
Cromossomos: filamento de cromatina condensado ao longo do qual se localizam o s genes, constituídos por DNA.
Nucleoplasma: substancia que peenche o núcleo das células eucarióticas e na qual fica mergulhada a cromatina. O mesmo que cariolinfa ou suco nuclear.
4. Comente esta frase: “Cromonema e cromossomo representam dois estados morfológicos de um mesmo componente do núcleo celular.”
Durante a divisão celular a cromatina que é formada por filamentos chamados cromonemas se condensa formando bastões chamados cromossomos.
5. Uma célula que apresenta grande quantidade de síntese protéica tende a apresentar, em geral, um grande nucléolo. Explique esta relação.
O nucléolo é constituído por RNA ribossômico associado a proteínas e é , na realidade, um “armazém” de futuros ribossomos, que são responsáveis pela síntese de proteínas.
6. O que são cromossomos homólogos?
São cromossomos correspondentes, de mesmo tamanho, forma, posição do centrômero e sequencia de genes.
7. Qual a diferença entre eucromatina e heterocromatina?
Eucromatina : região da cromatina desespiralada que se encontra em atividade metabólica possui cor clara.
Heterocromatina: região da cromatina espiralada que se encontra inativa possui cor escura.
8. O que são células haplóides e diplóides?
A célula haplóide possui apenas um cromossomo de cada um dos tipos característicos da espécie. A célula diplóide tem dois cromossomos de cada um dos tipos (apresenta pares de homólogos).
9. Supondo um organismo 2n=36, quantos cromossomos serão encontrados no gameta?
n = 18 cromossomos
10. O que são genes e que são genes alelos?
Genes são trechos específicos do DNA responsáveis pela um a função no organismo. Genes alelos são genes correspondentes que desempenham o mesmo papel e estão localizados na mesma posição de dois cromossomos homólogos.
11. Defina mitose.
Tipo de divisão celular que origina duas células-filhas com a mesma quantidade e tipos de cromossomos da célula –mãe ( célula inicial).
12. Quais as fases da divisão celular em que ocorre mitose?
Prófase, prometáfase, metáfase, anáfase e telófase.
13. Indicar as fases da mitose em que ocorrem os fenômenos abaixo citados:
a) aumento do volume nuclear
Prófase
b) condensação máxima dos cromossomos
Metáfase
c) divisão dos centrômeros
Metáfase.
d) migração polar dos cromossomos
Anáfase
e) cada conjunto cromossômico atinge um dos pólos.
Telófase
14. Em que fase da vida celular os cromossomos são mais facilmente visíveis? Por quê?
Na metáfase, porque nessa fase os cromossomos atingem seu grau máximo de espiralação.
15. Quais as unidades formadoras dos ácidos nucléicos?
Nucleotídeos
16. Descreva a estrutura dos nucleotídeos.
Cada nucleotídeo é composto por três partes: um grupo fosfato ,um açúcar do grupo das pentoses (ribose no RNA e desoxirribose no DNA) e uma base nitrogenada.
17. Quais as bases nitrogenadas do DNA e RNA?
DNA: Timina, Adenina, Citosina e Guanina.
RNA: Uracila, Adenina, Citosina e Guanina.
18. Por que a duplicação do DNA e semiconservativa?
Porque cada molécula-filha conserva, ao final da duplicação, uma das fitas, ou seja, cada metade da molécula mãe ( molécula de DNA que se dividiu).
19. Qual a sequencia complementar do trecho AGTAACCGATGC em um DNA?
TCATTGGCTACG
20. O que significa dizer que o código genético “universal” e “ degenerado”?
Universal porque quase todos os seres vivos usam o mesmo código genético para sintetizar proteínas.
Degenerado porque um códon pode sintetizar mais de um aminoácido.
PS.: sua respostas não precisam ser , necessariamente , idênticas as que foram postadas aqui, bastam estarem corretas. Um grande abraço estude muito e boa sorte desde já.
Código genético não é universal e pode
evoluir em raros casos
Por Marlene Moura
Diferentes formas do fungo Candida albicans
Um dos maiores
dogmas da Biologia afirma que todos os seres vivos utilizam o mesmo
código genético, ou seja, usam regras idênticas para construir
proteínas. É nesta declaração que surge uma contradição,
segundo explicou Manuel Santos, investigador do Departamento de
Biologia da Universidade de Aveiro (UA).
Um consórcio
internacional liderado por investigadores do Broad Institute –
Instituto conjunto da Universidade de Harvard e do MIT – que
integra um grupo de investigadores da UA e do seu Laboratório
Associado, o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), publica
um artigo na revista «Nature» com os
resultados de um estudo que apresenta a sequenciação e anotação
dos genomas de oito fungos patogénicos.
A investigação mostra como oito fungos
patogénicos interagem com o sistema imunitário e como causam
infecção, revelando, ainda, características fundamentais dos seus
genomas que permitem compreender a sua ecologia, mecanismos de
reprodução e adaptação.
“Muitas vezes, o código
genético é confundido com o genoma, mas são diferentes”,
relembra Manuel Santos. O investigador assinala ainda ao «Ciência
Hoje» que “o primeiro corresponde a um conjunto
de regras bioquímicas que define como a informação contida no DNA
é traduzida para a que está contida nas proteínas”.
O
artigo explica como é possível alterar o código genético e é
aqui que surge uma violação desse dogma da Biologia, ou seja, uma
das teorias desta ciência “diz que o código genético é
universal, não pode evoluir e caso aconteça poderá ser letal, mas
este estudo invalida esta afirmação”, reiterou o
investigador da UA.
No código genético, a informação
distribui-se num conjunto de três letras ao qual se chama codão e,
por exemplo, o CTG é lido como leucinas (aminoácido
codificado pelo código genético) e “se houver uma troca
altera-se o significado, tal como num texto”. Casos
raros
No entanto, Manuel Santos assinala que
“acontece apenas em casos raros” e “levanta
muitas questões”. As proteínas quando sintetizadas “são
alteradas”. Por exemplo, nas células humanas verificam-se
dois genomas: “o nuclear, que contém todos os genes que
nos formam e o mitocondrial, muito mais pequeno e onde se pode
observar uma alteração ao código genético, embora diferente da
dos fungos”, refere.
Células do fungo vistas a microscópio
Estes escassos casos
são mais comuns em Mitocôndrias (um dos organelos
celulares mais importantes para respiração celular) dos eucariotas
(organismos cujas células têm núcleo definido).
Para o
docente da UA, esta alteração não é novidade, mas sim o facto de
se poder explicar a forma como evolui. “Para entender este
código químico é necessário conhecê-lo, tal como um código
Morse ou Braille”. A análise dos fungos em estudo
relevou que os codões CUG, que no código genético dos outros seres
vivos codificam o aminoácido leucina, alteraram a sua
identidade para o aminoácido serina. Os resultados mostram que 99
por cento dos codões CUG originais desapareceram destes genomas e
que reemergiram em novas posições nos genes com um significado
diferente. Por último, o estudo revê o catálogo dos genes do
principal fungo patogénico Candida albicans, identificando inúmeros
genes novos.
O artigo publicado reporta os fungos do género
Candida como sendo a maior causa de infecções fúngicas
oportunistas a nível mundial, fala das sequências dos genomas de
oito espécies e compara-os destacando os patogénicos e não
patogénicos.
Nos primeiros existe uma expansão
significativa no número de genes que codificam componentes das
paredes celulares e de proteínas excretadas, bem como de outras
proteínas envolvidas no transporte de nutrientes do meio ambiente
para o interior das células, o que sugere adaptações associadas à
patogénese nestes fungos.
“Em três das espécies
diplóides grandes regiões do genoma são homozigóticas, sugerindo
recombinação recente dos seus genomas. Surpreendentemente, em
algumas das espécies não foi possível encontrar vários dos
componentes que controlam o mecanismo de divisão celular, o que
levanta novas questões sobre a maneira como estes fungos se
produzem”, pode ler-se no artigo.